sexta-feira, 23 de julho de 2010

Anúncio a Primavera


    As nuances contínuas das cortinas ao encontro da brisa suave, me trás lembranças recentes, mas me relata erros frequentes.
    Minha mente se perde no tempo, empalidecendo momentos guardados em gavetas restritas, em fotos ainda em preto e branco, como se a cor fosse apagada a cada passo impensado que me arriscasse a dar.
    Mas o inverno chega ao fim, como qualquer programação cíclica, lutamos contra sua monotonia, mas nos perdemos em não aceitá-la e esquecemo-nos quando outra estação retorna a sua vida.
    Flores inundam os campos devastados pelas sensações secas e gélidas, continuo a observar,a brisa cessa, a cortina se mantém com sua estagnada forma anterior.
    Talvez, não seja simplesmente deixar a brisa guiar o percurso da cortina, não se deixa guiar por mera vontade alheia, forças são naturalmente frequentes ao longo do caminho, mas a escolha das próximas nuances moldam ao seu querer.
    Ao olhar perdido,numa esperança quase que excassa,se deixa as oportunidades de o por acaso existir.

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